Todo mundo tem um profissional o qual admira e se espelha , certo?
Eu tive a sorte de conhecer as Relações Públicas pela Carol Terra, hoje profissional de comunicação e mídias sociais e quem muito me apoia na atividade de RP.
Foi por ela que conheci mais da profissão e me apaixonei. Quando estava em dúvida entre fazer o curso na Unesp ou na Cásper foi pra ela que eu perguntei ( e acabei escolhendo a Cásper, mesmo ela tendo uma preferência clara pela Unesp rs).
Depois dos primeiros passos, sempre tive a Carol como uma pessoa com quem eu posso trocar ideias sobre o mundo da comunicação...até mesmo a ideia de criar o meu blog saiu de uma conversa na nossa viagem de férias.
Por isso, não podia deixar de falar da Carol aqui e mais uma vez pedi a ajuda dela para compartilhar algumas ideias sobre redes sociais. Vejam o resultado dessa entrevista:
- Como foi a decisão de estudar/trabalhar com redes sociais?
Eu sempre gostei muito de tecnologia, especialmente quando envolvia a comunicação. Então, desde os primórdios da internet, eu sempre gostei muito dos sites institucionais, de intranet, de newsletters eletrônicas e do papel das RP e da Comunicação Organizacional nisso tudo.
Aí, veio a web 2.0 a partir dos anos 2000, as ferramentas colaborativas e todo movimento de geração de conteúdo por parte do consumidor, do usuário. Mais uma vez, me apaixonei pelo tema e sua correlação com as RP.
A partir de então, sempre foquei minhas pesquisas, estudos e minha atividade profissional na comunicação organizacional digital.
- Muitas empresas atuam com mídia social, mas "dentro de casa" não permitem que os colaboradores tenham acesso à rede. Você acha que os colaboradores estão preparados para acesso livre as redes sociais durante o horário de trabalho?
Na verdade, acredito que uma política de conduta da organização nas redes sociais resolva essa questão. Acredito que logo mais, as organizações não poderão mais proibir os funcionários de acessar as redes sociais. Muito pelo contrário, terão de se valer desses empregados e transformá-los em embaixadores da marca, da empresa, mas com respaldo da organização.
- Quais os aspectos positivos e negativos para que as empresas liberem o acesso as redes sociais? Em que momento isso deve ser feito?
Em relação aos pontos positivos, eu apontaria:
- ter gente defendendo a organização que não só a própria área de marketing e comunicação, isto é, ter vozes não-oficiais, mas com respaldo sobre a organização falando sobre a marca, seus produtos, etc;
- empoderar funcionários como porta - vozes nas redes sociais;
- mostrar-se como organização de vanguarda ao permitir que seus funcionários estejam nas redes sociais;
- ter especialistas em temas de interesse para a organização sendo referência nas mídias sociais.
Sobre os pontos negativos, eu diria:
- risco de vazamento de informações estratégicas (mas, isso ocorre também sem as mídias sociais);
- risco dos funcionários defenderem a organização sem conhecimento total daquele determinado tema (isso ocorre se a organização não tem um manual de conduta interna nas redes sociais online);
- risco de termos brigas nas redes sociais entre empregados e gente insatisfeita com a organização (mas, de novo, se não tivermos uma política de conduta nas redes sociais, porque, do contrário, podemos coibir essas iniciativas pessoais e que não agregam valor para organização).
Liberar o acesso dos funcionários nas redes sociais deve ser feito, a meu ver, apenas após a empresa definir o que ela quer nas redes sociais e também como ela deseja que seu público interno se comporte ou que mensagens-chave podem ser difundidas.
- Você acha que as empresas que já usam as redes sociais entendem a ferramenta ou estão indo simplesmente "na onda" da novidade para cunho comercial?
Acredito que todos ainda estejamos tateando no terreno das redes sociais online, mas muitas organizações entram por modismo, outras, mais conscientes, entendem que seja um passo irreversível na comunicação. Quem foca só na comunicação mercadológica, tende a perder credibilidade junto aos seus usuários e até mesmo a ficar mal falado. A ideia nas redes sociais é diálogo, debate e não venda de produtos apenas.
- Dizem que a nova geração é mais conectada, mais dinâmica, mais diversificada. Como lidar quando, em uma equipe de comunicação, tivermos um gestor da geração passada?
Na verdade, o gestor da geração passada tem é que se abrir para as novas possibilidades e ter ao seu lado gente que saiba trabalhar com as redes sociais. Na realidade, esse gestor tem muito conhecimento de planejamento, de estratégia que são itens fundamentais para se lidar com as redes sociais. A receita do sucesso está na soma do "antigo" com o "novo".
- Mesmo que as pessoas de comunicação estejam atentas às transformações, fica difícil convencer os altos executivos de que o mundo está mudando rápido. Na sua opinião, qual a forma ideal de trabalhar com foco em convencer?
Na verdade muitos executivos já estão assistindo a palestras, vendo reportagens sobre o tema e tem se preocupado com esse exército de gente falando sobre a marca nas redes sociais. Mas, para os mais relutantes, minha receita é simples: apresentar a eles um diagnóstico da organização nas redes sociais. Sempre impressiona!
Deixo aqui meu " muito obrigada" para a Carol e quem quiser conhecer mais sobre ela, acessem: http://www.meadiciona.com/carolterra/
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Tati, querida, fico muito honrada de ter admiradores como vc! E a responsa também fica ainda maior! Que este seu blog tenha muito sucesso e que seja mais um excelente ponto de encontro para profissionais, estudantes e acadêmicos de RP! Um super beijo, Carol Terra.
ResponderExcluirCarol Terra é uma das melhores profissionais de RP neste país. E como referência sabe exatamente qual é seu papel para "aculturar" as organizações da importância do uso das redes sociais para o negócio. Excelente entrevista Tati.
ResponderExcluirbj
Ricardo Moreira Leite
www.meadiciona.com/ricardoleite