quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Como lidar com funcionários 2.0?

Quando falamos sobre inovação, existe a tendência de focarmos os avanços tecnológicos ou, quando muito, a melhoria da produtividade que essa inovação pode nos oferecer. No entanto, ela traz consequências sociais, educacionais e até mesmo trabalhistas. Encontramos uma amostra dessa tendência nos nativos digitais e nas mudanças que eles estão provocando no ambiente corporativo.
Atualmente, como a grande maioria desses nativos ainda está na faculdade ou no colégio, existe um intenso debate sobre os métodos e a forma de educação para eles, já que muitos dominam as novas ferramentas tecnológicas melhor que seus próprios professores. Mas se dermos um passo além, o que acontecerá nos próximos anos quando esses estudantes entrarem para o mercado de trabalho? As empresas estão preparadas para aproveitar o potencial desse novo tipo de profissional?
Nas organizações em que eles já estão atuando, podem-se notar características diferentes: a percepção da privacidade mudou, pois em muitos casos a identidade pessoal está ligada à informação digital (uso de redes sociais) ; a forma como realizam seu aprendizado é mais ágil e normalmente online, por isso não entendem o ambiente de travalho sem as ferramentas colaborativas (chat, p2p, blogs, fóruns, wikis, etc); buscam e precisam de mais autonomia e, por último, contam com um sistema diferente de valores, com mais ênfase na colaboração e na inovação, mas também visando uma maior capacidade de mobilidade.
Muitas empresas ainda estão criando sua identidade corporativa na rede ou, no caso das mais avançadas, adaptando-se à chamada web 2.0. No entanto, não podem ficar limitadas a isso, já que devem enfrentar mudanças (motivadas pelas tecnologias de última geração e pelos novos colaboradores), tanto em nível organizacional quanto no técnico, para não ficarem ancoradas no passado e perderem a competitividade.
Vamos focar, neste momento, o plano organizacional. Há que se adaptar a mentalidade e a filosofia corporativa: as empresas devem se posicionar mais como redes e menos como hierarquias para aproveitar as melhores características desse novo trabalhador. Um exemplo pode ser encontrado nos processos de contratação.
As redes sociais passam a ter um papel fundamental na seleção de talentos e é nesse ambiente que devm se mostrar atraentes aos olhos dos novos trabalhadores. Deve-se adotar um modelo de "empresa 2.0", criando um diálogo entre direção, trabalhadores e clientes. O objetivo é criar uma comunidade, na qual a empresa se apresenta a seus futuros funcionários, assim como a seus possíveis novos clientes.
Considerando as mudanças educacionais e trabalhistas que os nativos digitais estão causando, as empresas têm de se atualizar e lutar para diminuir a defasagem que existe entre o uso das últimas tecnologias por parte dessa nova geração e o modo de trabalho mais tradicional, uma diferença que repercute na eficiência de todos os trabalhadores.

Matéria da Tabatha Dutra, gerente responsável por RH da Everis Brasil, publicada na Revista Melhor Gestão de Pessoas n° 267 (fevereiro - 2010).

Você conhece a Geração C ?

Há um tempo a Geração Y está em foco. Em 2008 a Revista Exame definiu os profissionais nascidos após 1980 como impacientes, infiéis e insubordinados.
Assistindo ao programa “Happy Hour”, apresentado pela Astrid, no canal GNT, ouvi sobre a nova geração que vem vindo aí, é a Geração “C” e resolvi entender mais sobre eles. O "C" a princípio é para Conteúdo (Content em Inglês), mas também é a Geração Conectada ou da Conectividade.
Fiquei um pouco intrigada com esta definição, pois pra mim, a Geração Y é uma geração de conteúdo e mais que isso, é uma geração da internet. O que as difere então?
A Geração Y, apesar da televisão, teve uma infância longe da conectividade e fez parte de “novidades” como o videocassete (que veio em larga escala pro Brasil em 1983), disco de vinil, fita cassete... e só na adolescência conheceram os termos “internet” e “online”. Já a Geração C presencia a realidade dos computadores desde que nasceram, eles foram os primeiros que nasceram sob a onipresença do computador e da internet.
Sem dúvidas esta geração já está impactando a sociedade, em seus relacionamentos e hábitos de consumo. O celular tem internet ilimitada, já existem notebooks, netbooks, variações dos computadores e até o recém lançado computador celular (iPad).
Se você já teve uma conversa com seu amigo, em que no meio do papo vocês esqueceram o nome do personagem daquele ator no filme X de mil novecentos e bolinha e tiveram que esperar a memória ajudar, você certamente não faz parte da Geração C. Eles tem todas as respostas em suas mãos ou bolsos, com o Mestre Google. E é isso que difere as pessoas nascidas antes da internet e depois da internet.
Porém, o Conteúdo não está apenas na facilidade de acesso as respostas. Essa geração tem uma grande facilidade de produzir e veicular seu próprio conteúdo (blogs, twitter, Youtube...) e é um dos motivos da criação deste blog (co.mun.gar v.int. 1.Tomar a comunhão (2). T.i. 2. Fig. Pertencer a grupo que tem as mesmas ideias 3. Tomar parte em 4. Comunicar-se t.d.i e bit.t 5.Ter em comum (com) alguém; compartilhar.).
A geração C coloca em dúvida até o termo “offline”, pois ganham celulares desde pequenos, ficam no MSN nas horas vagas e estão sempre conectados nas diversas redes sociais.

Bom, acabo por concluir que a diferença entre a geração C e Y é o tempo em que demoraram para se conectar, pois de resto, são iguais. Agora fica a dúvida: o que mais vem por aí? Será que as gerações vão completar o alfabeto?